terça-feira, 31 de agosto de 2010

A melhor corrente

Ainda ontem conversava sobre a enxurrada de emails que tenho recebido (e acho que você também) com mensagens sobre Deus, amor ao próximo, e tudo isso que aprendemos desde pequenos. Sabe essas coisinhas que ajudam a formar nosso caráter e o “blá blá blá” que já conhecemos não é de hoje??? Pois é!

Quer seja corrente ou simplesmente porque alguém quis compartilhar conosco algo que não tenha palavrão, mulher pelada, pornografia, ou propaganda política (o que é pior!!!) e que geralmente vai parar na lixeira (vai mentir pra mim????), é surpreendente a necessidade que as pessoas tem hoje de afeto, ombro amigo, palavras e atenção, tentando preencher um vazio, que... sei lá, mas na minha opinião, na maioria das vezes, foi criado por elas próprias.

Não sou psicóloga, terapeuta, xamã e nem nada do gênero, mas sou observadora e tenho lido demais a esse respeito. Falar de Deus e amor divino é “in” e tá na moda, e nossos padres estão cada vez mais pop. Isso é bom... eu acho! (????)

Sinceramente, acho que é muito prático clicar em “encaminhar”, adicionar um monte de endereços eletrônicos ao remetente (detalhe: que futuramente serão roubados por e-shops, que nos encherão de spam's), e não colocar isso em prática.

Poupe seus dedos e o email dos outros se você não faz uso dessas palavras no seu dia-a-dia. Se não o dos outros, na boa, poupe o meu!

Acredite, enviar ou não essas correntes não fará sua sorte mudar, seu telefone tocar, ou o amor da sua vida aparecer, meu bem!

Encaminhe, mas NÃO de forma eletrônica.

Hoje cedo, um grande amigo me mandou um email falando sobre “falta de consideração” . Eu decidi escrever, e vou além: falo de egoísmo, individualismo e do cuidado que se deve ter com a linha que separa os dois.

O mundo hoje é individualista. Renato Russo falou, Arnaldo Jabor parafraseou (dando os devidos créditos, obviamente) e a mim só resta relembrar. Banalização! Pessoas superficiais, com relações superficiais e geram filhos superficiais (??) com educação superficial! Aêêêêêê século XXI! Aff!

Minha mãe uma vez, e bastou essa vez, me disse: “Minha filha, aprenda uma coisa, com sentimentos não se brinca! NUNCA! Não diga o que não sente, não faça o que vá contra aquilo em que você acredita.”

Verdade, não é, mamãe?? Pena quem nem todo mundo saiba...

Temos educação, estudo e formação (são três coisas diferentes, ok?). Um bom emprego, somos bem sucedidos e ... sozinhos. Vida interessante essa que é divida com um cachorro, gato (ECA!) ou quem sabe um peixe. Concorda?

Seria hipócrita se dissesse que me incomodaria em chegar aos 40 solteira (NÃO MESMO), mas seria mentirosa se dissesse que não me preocupo com o rumo que a sociedade está tomando.

Não critico quem queira viver sua vida e sua solidão, ou que queira criar um peixe até conseguir que ele cometa suicídio por conta de depressão. A crítica é para quem é sozinho, sabe que quer ficar sozinho, porque está “muito bem, obrigado!”, mas mente, usa pessoas e sentimentos alheios para tapar um buraco temporário, por uma noite, duas, não mais.

Lealdade e respeito são palavras cada vez mais ausentes nos nossos vocabulários. Companhia e partilha então, nem se fala.

Pensar em si, e só em si, virou regra.

Quer ser feliz?? QUEBRE-A. Ande de mãos dadas, viva as coisas simples da vida, e dê VIVA! Respeite ao próximo, valorize a todos, seja benevolente (mas não seja otário!), encaminhe com atitudes, fale a verdade, cale, escute, preste atenção em quem lhe pede atenção, valorize que quer te encontrar.

Acredite, fazendo isso com 1, 10 ou 100 pessoas, algo muito bom irá acontecer até o fim do dia: você irá deitar na cama, encostar a cabeça no travesseiro, e perceber que o dia DEFINITIVAMENTE, não foi em vão.

Beijos

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