segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sobre intenções e expectativas

Tenho um grande amigo (uma ligeira pausa para curtir a saudade) que uma vez me ensinou - ops! lembrou, melhor dizendo - da linha que separa nossas intenções das expectativas. Às vezes não atentamos, mas sob um ponto de vista mais crítico ela não é assim tão tênue. Na verdade, para mim, tem a espessura do nosso interesse.
Apesar de saber que apenas com o conceito das palavras não conseguirei expressar o que quero, vale a pena colocar aqui:

Intenção: s.f. (lat. intentio, intentionis). Designio deliberado de praticar tal ou tal ato. Vontade, desejo. Pensamento secreto ou reservado.
Expectativa: s.f. Esperança fundada em promessas, direito ou probabilidades.

Depois de dados os "nomes aos bois" ou melhor "bois aos nomes", vou tentar me fazer entender:

Se quiser, faça o teste:

Pare para pensar nas coisas que você realmente quer, que tem a intenção que aconteçam. Coloca no papel. Pode ser adquirir um imóvel, trocar de carro, se formar, ser promovido, ter estabilidade, enfim... Para que isso aconteça, deve-se fazer por onde, certo? (Aproveita e coloca o que você está fazendo para isso acontecer) Correr atrás mesmo, ralar, suar a camisa. Mais ou menos: se eu quero não posso ficar sentado esperando a brisa passar.

Blz até aí?

Faça o mesmo para as expectativas.
Quais são as suas? Lembre-se de que, para a grande maioria delas só podemos esperar, torcer... 50% de chance de dar certo e, infelizmente, os mesmos 50% de chance de dar errado. E nem adianta se sacodir na cadeira, abrir um acesso ao sótão (que nem existia) de tanto andar de um lado para outro, gastando assoalho e sola de sapato. Tipo: já fiz (ou acho que fiz) minha parte, e agora é esperar.

Depois veja se você está dando o devido valor as coisas...

Por que entrei nessa questão???
Porque de uns tempos para cá tenho pensado muito nas coisas das quais tenho a intenção e naquelas que ficam na expectativa. E depois de refletir sobre isso, observei que eu estava atribuindo pesos contrários. Me explicando novamente: intenções para aquilo que mereceria "apenas" expectativas, e expectativas para o que deveria ter todas as intenções, e que valem cada gota de suor derramado.

Sendo assim, quiz partilhar...

No fim das contas, é legal atentar para isso, mas não faz muita diferença. Normal mesmo do ser humano é dar importância demais ao que, se parar para pensar sob essa ótica, não merece
sequer a expectativa (que por si só, já é muita coisa). É! A gente precisa, de vez em quando, fazer besteira e ter algo para se arrepender, senão, que graça teria a vida, não é verdade?

=***