sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."

Clarice Lispector

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dona Raquel

Sou como a paixão: moça de sorriso fácil, alegre, brincalhona, chorona, teimosa e, quanto menos “correspondida”, mais insistente e tempestiva eu sou.
Falo demais para esconder o que só silêncio é capaz de dizer, e falo de menos quando palavras são necessárias e tenho medo de me perder em meio a elas.

Mas também sou como o amor: suave. Tenho voz doce, melosa e quase cantada. E AMO ISSO!
Não ando, flutuo, passeio em meus sonhos.

Em um jardim repleto de flores, sou daquelas que se apaixonam pelo único botão que teima em não abrir, na esperança de que dalí se abra, um dia, a mais linda flor.

Acho o mundo mais bonito e mais fácil quando de mãos dadas. Tenho fé. Tenho paz. TENHO DEUS!

Sou assim... sei lá... dual, talvez, como os sentimentos. Mas, com certeza, feliz!