segunda-feira, 18 de maio de 2009

"De volta ao meu blog" ou "Injeções e Pirulitos"

Fazia tempo que eu não acessava meu blog. Acho que por alguns instantes até esqueci que tinha um. Já estava fedendo a mofo. Vergonhoso pra mim, heim?

Estava meio “down” e reler o texto do Facundo Cabral me deu ânimo. Eu ando realmente muito distraída. Tão distraída que esqueço de mim e das minhas responsabilidades comigo mesma.
Li e deu vontade de escrever.
Abrindo parênteses, rapidinho: nunca terminei “O Caçador de Pipas”. Oh meu Deus, que leitura cansativa! Mas comecei e terminei o livro Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth (quando lembrar o sobrenome dela, posto aqui). Maravilhoso! Sincero, realista, cômico. Enfim, leitura imperdível para qualquer mulher (ao menos qualquer mulher que esteja em uma situação parecida com a minha ou com a da autora. rsrs).

Ao que interessa...

Da virada do ano pra cá (Carambas! Desde ano passado que não entro aqui.) minha vida virou de cabeça pra baixo. Ela até ensaiou desvirar algumas vezes e quando pensei que fosse se ajeitar, deu duas piruetas, e fez movimentos de translação. E eu? Caí de bunda no chão.
Sou boa aluna, professor Facundo Cabral, eu sei: LIÇÕES.
Ana Carolina em uma de suas canções, citando o texto “Só pra sacanear”, diz: “tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz”.

Verdade, mas já está bom, não é? Porque se continuarmos nesse embalo eu serei obrigada a citar a letra de “Charetton” de Seu Jorge, também cantando com a Ana Carolina, que diz assim: “e eu (p...q...p...!!!!!!) não vou nada bem!”. rsrs

Exageros à parte...broken heart can be that bad.

Unhas roídas, insônia, gastrite nervosa também à parte... Ah! Eu encarei de frente, como a boa aluna que sempre fui: passo após passo. Para ser mais específica, dia após dia, como já diria minha amiga Renata, parafraseando os Alcoólicos Anônimos.
Percebi com o tempo que eu estava seguindo a filosofia de “peru de natal”, morrendo de véspera (meio piegas, mas muito realista.), achando que seria impossível me livrar de certas coisas que estavam me fazendo mal, sem sequer ter realmente tentado.
Faço uma analogia a tomar injeção: toma-se coragem, a enfermeira prepara a medicação, dá aquelas duas batidinhas terríveis na seringa, passa o álcool pra limpar a pele (até aí se tem coragem pra deixar qualquer valente mosqueteiro com inveja.) e quando ela nos encosta a agulha e vem dor da picada, toda a coragem vai embora e levanta-se da cadeira sem sequer saber que, para a maioria das injeções, a dor é apenas aquela. Dói no começo e depois já era. (Para a maioria delas, porque quem já teve a inesquecível experiência de tomar Profenid no braço sabe o quanto dói, e que se pode passar um mês com o braço dormente por causa daquilo. Prefiro nem lembrar, porque não foram nem uma, nem duas, nem dez, foram muuuuuuuuuuitas as vezes que tomei!).
Comigo foi mais ou menos assim: nunca tive medo de injeção, ganhei horrores de pirulitos quando eu era criança, mas tive medo de me desfazer de certas coisas e a dor da perda. O que eu ainda não sabia, ou sabia eu não tinha atentado pra isso, era que a pior parte de toda a história já havia passado, que a dor era “apenas” aquela. Agora bastava colocar um algodãozinho em cima da ferida e segurar firme até o sangue estancar. Fica dolorido... é verdade, mas nada que não se adoce com pirulitos.

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